terça-feira, 27 de agosto de 2013

Somos contrários ao acordo de tecnologia nuclear entre o Japão e o Brasil

Prezados amigos e amigas,
No dia 13 de setembro de 2013, data do 27º. aniversário do mais grave acidente radiológico ocorrido no mundo, com um aparelho de radioterapia abandonado em Goiânia, Brasil, será entregue, aos governos do Brasil e do Japão e às suas embaixadas e consulados, a Declaração abaixo, contra um eventual acordo nuclear Brasil-Japão.
Essa Declaração foi subscrita até agora por 40 organizações brasileiras e japonesas, cuja lista será divulgada oportunamente.
Pedimos às organizações do Brasil, Japão e outros países do mundo, interessadas em subscrevê-la para se associar a esse protesto, que enviem seus nomes e respectivas cidades axonuclear@uol.com.br, até o dia 1º. de setembro próximo, data em que a lista será encerrada.
Àquelas que quiserem também proceder à entrega de cópia da Declaração a uma Embaixada ou Consulado do Brasil e do Japão no dia 13 de setembro, pedimos que nos informem pelo mail acima, para a devida divulgação.
Agradecemos seu apoio, Xônuclear, Brasil.

Somos contrários ao acordo de tecnologia nuclear entre o Japão e o Brasil
Os jornais noticiaram que o governo japonês vai assinar um acordo com o governo brasileiro para preparar o caminho para a exportação de usinas nucleares japonesas para o Brasil.
Passados mais de dois anos do acidente nuclear de Fukushima, sua verdadeira causa permanece desconhecida, o que nos obriga a uma profunda revisão da tecnologia nuclear japonesa. Não é por outra razão que a opinião pública no Japão tem se mostrado contrária não somente à construção de novos reatores, mas também à reativação dos existentes.
As usinas de Fukushima ainda estão liberando radioatividade no meio ambiente e o governo japonês não consegue controlar essas contaminações.  Assim, o Japão está causando sérios danos para o mundo.
Como o governo pode apoiar a construção de usinas nucleares fora do Japão em tal situação? Isto só pode ser entendido como uma maneira de dar uma saída para a indústria nuclear japonesa, impedida de construir novas usinas no seu país.
No Brasil, cresce o temor de acidentes em suas usinas nucleares de Angra dos Reis, localizadas entre as duas maiores cidades brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao mesmo tempo, cresce a pressão para que se passe a usar fontes de energia menos perigosas, para atender as necessidades do país em eletricidade.
Existem outras formas do Japão contribuir para a solução dos problemas de energia do Brasil e do mundo – por exemplo, pela cooperação em torno de energias renováveis.
As organizações da sociedade civil japonesa e brasileira, abaixo assinadas, são contrárias ao acordo anunciado, entre o Brasil e o Japão, em torno da tecnologia nuclear.
13 de setembro de 2013

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