quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ESGOTO RADIOATIVO EM ANGRA


‘Esgoto’ nuclear na Costa Verde
Norbert Suchanek - EcoDebate
 
O mito da energia limpa Já quase todas as praias da Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro estão esgotadas por condomínios fechados e turist resorts. Mas já alguns anos conhecemos uma pequena praia no Saco de Piraquara de Fora entre Angra e as usinas nucleares, que ainda está linda e pouco conhecida. Nesta praia com pedras maravilhosas e águas cristalinas, ainda vive uma família quilombola. Nós já comemos várias vezes um peixe pescado fresquinho da pequena baía em frente à praia.
O que nós só fomos conhecer recentemente é que esta baía, ou melhor, o Saco de Piraquara de Fora, está “esgotada” com substâncias radioativas pelas usinas nucleares Angra 1 e 2, localizada no outro lado do morro, na vizinha baía de Itaorna. Um túnel foi construído exclusivamente para jogar no Saco de Piraquara de Fora estas substâncias radioativas com a água da baía Itaorna, utilizada na refrigeração dos reatores nucleares.
Desde a construção da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), os responsáveis da Eletronuclear e o lobby da energia nuclear criaram o mito que as usinas são sistemas fechados, que não produzem emissões ou resíduos. Foi criado o mito da energia limpa, que o governo Lula não pára de repetir. Mas a realidade é que estas usinas estão produzindo todo dia nem só emissões gasosas radioativas, mas também um “esgoto” líquido radioativo. Por isso, as usinas nucleares tem uma chaminé alta e um sistema de descarga.
O que são estes rejeitos gasosos radioativos e o rejeitos líquidos ou “esgotos” radioativos concretamente? Pelas suas chaminés os reatores liberam no ar os gases nobres e radioativos Criptônio 85, Argônio 41, Xenônio 133 e também Iodo 131 e Tritio (H3). Tritio também está dentro do coquetel dos resíduos líquidos radioativos que são jogados no mar, além de Carbono 14, Estrôncio 90, Césio 137, Chumbo 210 e Bismuto 207 entre vários outros.
No ambiente, o Tritio se conecta com oxigênio e vira água radioativa, que todos os seres vivos podem incorporar com facilidade no corpo e nas células.
“Como todas as substâncias radioativas, o trítio é um agente cancerígeno, mutagênico e teratogênico”, explica o Matemático e Físico Gordon Edwards, Presidente da Coalizão Canadense de Responsabilidade Nuclear (www.ccnr.org). “No caso do câncer, leucemia e danos genéticos, o consenso científico é que toda a exposição à radiação aumenta o risco total e, portanto, a incidência dessas doenças em populações expostas.” O risco de Tritio é especialmente alto para os fetos expostos no útero, porque os fetos precisam de muita água. Além de H3, as outras substâncias radioativas podem se concentrar em uma parte do corpo (iodo-131 na tireóide, o estrôncio-90 nos ossos e dentes, o césio-137 em tecido muscular) onde eles criam riscos especiais. O estrôncio-90 especialmente é perigoso para crianças porque pode causar leucemia.
Educado em Química Técnica na Alemanha, visitas às usinas nucleares fizeram parte de meus estudos, por isso eu sempre soube sobre estas emissões gasosas e líquidas das usinas nucleares. Mas eu pensei que as usinas Angra 1 e Angra 3, que usam água do mar para resfriar os reatores, jogassem este “esgoto” radioativo no mar diretamente em frente das usinas – onde ninguém toma banho – ou, um pouco melhor, utilizassem um emissário submarino longe da Baía da Ilha Grande, no alto mar, para ter uma diluição maior. Graças ao “Estudo da Dispersão de Radionuclídeos na Baía da Ilha Grande, Rio de Janeiro”, da pesquisadora Franciane Martins de Carvalho Gomes, da UFRJ, publicado este ano, eu sei agora que estas substâncias radioativas são jogadas com a água de refrigeração aquecida no Saco de Piraquara de Fora, em frente de uma das últimas praias lindas de acesso público e em frente também de uma resistência quilombola. Neste local, são despejadas todos os dias do ano, a cada segundo, 30 metros cúbicos de água usadas e poluídas pelas usinas nucleares. Podemos chamar esta contaminação radioativa de “Racismo Ambiental”?
Para os responsáveis das usinas nucleares claramente não existe nenhum risco, porque a descarga e liberação dos radionuclídeos é controlada por eles mesmos. A argumentação oficial é: “Os efluentes resultantes do tratamento dos rejeitos líquidos radioativos são liberados controladamente para a água do mar proveniente dos condensadores principais, somente se a sua concentração de atividade estiver abaixo dos limites legais.” No momento o saco recebe só o “esgoto” das usinas Angra 1 e 2. Mas daqui há pouco também os rejeitos líquidos radioativos de Angra 3 vão ser liberados com a água de refrigeração no mesmo lugar. O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA da Unidade 3 da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto fala pouco sobre os rejeitos líquidos radioativos como tritio e Césio que podem aumentar com a operação de Angra 3. O relatório só fala concretamente sobre o problema de aquecimento da água no Saco Piraquara de Fora: “Com o início da operação de Angra 3, espera-se um acréscimo de vazão e temperatura no saco Piraquara de Fora, considerando os efeitos combinados de Angra 1 e 2. Os estudos indicam que o ecossistema marinho poderá ser afetado nas proximidades do lançamento de água, visto que a temperatura da água do mar mais elevada ocasionaria um estresse térmico, e o fluxo elevado, impediria a fixação dos organismos sésseis (por exemplo, cracas, corais, crinóides, ostras e algas).”
É uma ironia que esta pequena baía ou saco, onde as usinas nucleares jogam o seu “esgoto” líquido, sempre foi um lugar de alta biodiversidade. Os arqueólogos – com financiamento da Eletronuclear – descobriram que as populações antigas do saco Piraquara de Fora realizaram uma prática intensa da pesca e caça de mamíferos marinhos, fundamentada em uma grande diversidade de recursos alimentares, incluindo significativa presença de pinças de caranguejos e ossos de mamíferos terrestres. “Tais características indicam Piraquara de Fora, uma pequena enseada abrigada dos ventos que, pela diversidade de espécies de peixes e moluscos, constituiu um local preferencial para populações humanas pré-coloniais que ocupavam e exploravam os recursos na baía da Ribeira”, escreve Nanci Vieira de Oliveira, Professora do Centro de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.
Energia nuclear não é uma energia limpa!

Nota do Editor: Norbert Suchanek, correspondente e jornalista de Ciência e Ecologia, é colaborador do EcoDebate.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

MAIS UM EX.: DE MARQUETINGGGRENNNN VERDE...RS.... FESTIVAL "SUSTENTAVEL" SWU

E-mail recebido de uma amiga...
achei interessante compartilhar.

agradecido Liliane

FESTIVAL "SUSTENTAVEL" SWU

Estava falando sobre este festival com uma amiga, questionando alguns destes pontos, quando por coicidencia recebi este email de um amigo..achei bacana repassar!
Inocente é pensar que a proposta deste festival iria superar a ideia de lucrar..o que já começou nos valores exorbitantes dos ingressos! aff
Segue..
 
 
É claro que um evento gigante dá problemas e é claro que tem gente chata e mimada que exagera nas reclamações, mas o que acompanhamos na tentativa de festival sustentável SWU passa do limite.

Principais problemas e sugestões

1. Pista premium, camping premium, praça de alimentação premium, vários locais de acesso restrito… Isso não faz sentido algum, principalmente em algo que é chamado de “movimento social”. Não custa nada abrir tudo, cobrar apenas um tipo de ingresso e criar um ambiente de igualdade. Essa cultura do VIP, um dos pilares do SWU, é curiosamente uma das maiores causas de nossa situação precária – ambiental e humana.
2. Preços humilhantesAlém do ingresso caro, a água custava 4 reais, um refrigerante 5 reais, uma minipizza (do tamanho de um pedaço de pizza), fria e crua, saia por 8 reais e um hambúrguer maravilhoso como esse da foto abaixo tirou 12 reais do bolso de muita gente.
Hambúrguer saboroso de... adivinha? Bacon! (via Twitpic - @zerrenner)
Nada, nada justifica isso, principalmente em um evento com patrocínio e Lei Rouanet bancando 6 milhões. Se vão nos encher de comerciais em todos os cantos (até nos telões, logo após o último acorde de cada show), cobrem barato.
3. As comidas oferecidas eram incongruentes com a proposta do evento. Em vez de chamar empresas de fast-food como espetinhos Mimi, pizza, hambúrguer, cachorro-quente, crepe e afins, por que não movimentar a comunidade local com comida boa, caseira e barata? Grandes raves, como o Universo Paralello, fazem muito isso e dá certo.
Sustentabilidade envolve qualidade de vida e alimentação saudável. Um evento que preze por este movimento não pode se render e ter como patrocinadores empresas que produzem enlatados, industrializados, refrigerantes e que contribuem para a devastação florestal.
Além disso, apenas oferecer uma opção vegetariana não é a solução. Se é um evento também de reflexão, é necessário que seja dito, ao menos, que a indústria da carne é a que mais contribui para a insustentabilidade. Como parte da idealização do projeto, o correto seria a alimentação natural e vegetariana ser incentivada no evento.
4. Usaram copos e garrafas de plástico não reutilizáveis. Ou seja, muito lixo produzido por apenas uma só pessoa. Uma ideia seria dar uma caneca na entrada e distribuir água de graça em bebedouros gigantes. Se a Nestlé fizesse isso, certamente ganharia nosso respeito.
Merchan, para os íntimos (via Flickr - In Press/SWU)
5. O SWU foi realmente inovador ao mostrar uma nova modalidade de greenwashing, envolvendo a produção de um festival de música e a apropriação do mote “Por um mundo melhor”. O resto é fácil: envolva grandes marcas e chame meio mundo de músicos para entreter o rebanho enquanto todos consomem lixo e liberam o máximo possível de dinheiro.
6. Sem nenhuma vergonha, uma parte do evento era destinada ao merchandising, o que soma para validar o evento como mais um de marketing verde. Afinal, qualquer um que se interesse por sustentabilidade sabe que a principal estratégia (melhor do que reutilizar e reciclar) é a de reduzir o consumo. Proposta inviabilizada pelos patrocinadores do evento e, no entanto, uma maneira da nossa tentativa de Woodstock brasileira aproveitar para lucrar um pouco mais.
Para forçar o consumo, as pessoas foram proibidas de entrar com água ou comida, o que gerou um lixo gigante já na entrada do evento.
7. O transporte e o estacionamento foram completamente mal organizados. Este talvez seja o principal foco das reclamações e das histórias de sofrimento (leia no Scream & Yell). Como se não bastasse, não havia bicicletário, o estacionamento para o mais sustentável dos veículos.
8. A formação da equipe de funcionários foi muito ruim. Falta de informação e desorganização em todas as falas. Tivemos um problema (pequeno, considerando o que lemos nos relatos) na hora de achar o estacionamento e a produção do evento foi clara ao dizer que não sabia. “Isso aqui tá uma zona, cara!”, sinceramente nos disse um cara com a camiseta do festival logo na entrada.
9. O tempo de todos os shows foi muito curto. Imagine um fã de O Teatro Mágico, por exemplo, que passou por muita confusão apenas para ouvir 6 músicas. “Ou cancela o show ou toca por 25 minutos”, foi o que Fernando Anitelli ouviu da organização do evento.
10. Bom, mas se o evento não foi sustentável, foi, pelo menos, um festival de música, não é mesmo? Mais ou menos assim, digamos: o som falhou em muitos shows, como Rage Against the Machine (caiu duas vezes e depois ficou baixo para quem não estava na área premium), Los Hermanos (som baixo), Regina Spektor (problema de retorno), Queens of the Stone Age (microfonia) e Yo La Tengo (som abafado e baixo).



Att,
Liliane

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

só o dinheiro importa



REPASSANDO

ASSISTAM AO VÍDEO...

http://www.youtube.com/watch?v=F0v9Z1WyqZA&feature=player_embedded

Maravilhosa a encenação. Parabéns aos estudantes. Estes e demais profissionais da área devem continuar a questionar o uso destas tecnologia mutantes em nossos alimentos. Apoio o protesto e o texto “Tudo pelo dinheiro”. Enganam os agricultores, dizendo que haverá muito mais lucro com OGM, porém por pouco tempo. Depois vem a compra e mais compra de pesticidas e novos gastos. Vimos o desastre que está acontecendo na Índia, com erva daninha resistente aos pesticidas que acaba com o cultivo do algodão. Afora a perda das sementes “crioulas”. Vê-se notícias pela internet que na Europa também estão comprando cientistas pra mudarem conclusões sobre pesquisas e experimentos.


FONTE: http://pratoslimpos.org.br/?p=1767

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CURSO VÍDEO




Vamos começar nossas oficinas de vídeo. O curso se iniciará em 13/10 e
terminará em julho de 2011( com um intervalo no final do ano).
Ainda estamos buscando recursos para custear parte das despesas, mas
vamos iniciar de qualquer jeito. São 20 vagas e será feita uma seleção
levando em consideração interesse, atuação e disponibilidade. Em anexo
seguem as informações do curso e a ficha de inscrição. As fichas devem
ser enviadas para inscnossofilme@gmail.com.

Atenciosamente

Rafael Ribeiro
SAPE

UMA DICA DE COMO FAZER ECOLOGIA NA ERA ATUAL...

Salve irmãos...

Depois de um tempo sem escrever... aqui estou. Volto para falar de uns vídeos que tenho visto ultimamente e venho aqui para compartilhar-los...

Nessa época atual vejo muita gente falando em ecologia, sustentabilidade, proteção a meio ambiente... Tanto falam que parece que só fica no falar por falar, mas os hábitos e modos de vida continuam os mesmos...

Não é novidade pra ninguém que os recursos naturais estão com seus dias contados, mas isso também só fica nas conversas, atitudes concretas para mudar essa situação parece que ninguém quer fazer...

Mas que atitudes seriam essas???

Se realmente querem fazer ecologia, cuidar de nosso planeta, é preciso um pouco de informação e uma mudança no modo atual de vida (consumo)...

Vendo alguns documentários do link que esta abaixo, vocês conseguem ver um pouco do mal que as indústrias (modo de vida baseado no consumismo) causam no lugar onde vivemos.

Uma atitude das boas é parar de consumir carne ou diminuir (já ajuda)...
mas como assim, o que a carne tem haver com isso????

é isso mesmo, o video que explano aqui, mostra o modo como é produzida a carne que chega a sua mesa atualmente...

Assista ao vídeo e tirem suas próprias conclusões...


No link abaixo tem mais uma série de filmes, documentários, reportagens e etc... sobre os grandes males que levam o planeta pro buraco...rs...


Infelizmente estão acontecendo diversos crimes contra natureza, mais infeliz é aquele que não quer ver e dar um passo pra traz para tentar ajudar a mudar isso...

Façam bom proveito...

Haribol


terça-feira, 28 de setembro de 2010

NOTÍCIAS DA CIDADE - ESSE ANO O CICLISMO ANGRESE PASSOU MAIS UMA VEZ EM BRANCO.

FALA TOPEIRA!

POSTE ISSO NO SEU SITE:

ESSE ANO O CICLISMO ANGRESE PASSOU MAIS UMA VEZ EM BRANCO.

DEPOIS DE NO ANO PASSADO SEREM REALIZADOS EVENTOS BEM LEGAIS, COMO: CIRCUITO DE ESTRADA E DE MTB, ALÉM DE PASSEIOS CICLISTICOS E EVENTOS EM PARCERIA COM A S.E.L.(SECRETARIA DE ESPORTE E LAZER), CHAMANDO A ATENÇÃO DAS AUTORIDADES PARA O CICLISMO DA CIDADE. ESSE ANO TIVEMOS BOAS CHANCES FIRMAR ESSA IDÉIA COM O TOUR DO RIO PASSANDO POR AQUI, O DIA MUNDIAL SEM CARROS, DIA DO MEIO AMBIENTE E OUTRAS DATAS QUE PODERIAMOS TER FEITO ALGO PELO CICLISMO ANGRENSE, AGORA COM O ANO ACABANDO FICO DESANIMADO. AGRADEÇO JOÃO CARLOS (DÉDI DA BIKE MANIA), HÉLIO SUR (SUR CICLE JAPUÍBA) E OS NOSSOS ATLETAS E AMIGOS QUE PARTICIPARAM DE EVENTOS DE GRANDE RENOME NACIONAL COMO O BIG BIKER E EVENTOS REGIONAIS COMO AS PROVAS QUE ACONTECERAM EM RESENDE, VASSOURAS, VALENÇA, CONSERVATÓRIA, ENTRE OUTRAS, SEMPRE REPRESENTANDO O MUNICÍPIO, E SE NÃO FOSSEM ELES ANGRA FICARIA TOTALMENTE EM BRANCO.

GRANDE ABRAÇO AOS AMIGOS E QUE 2012 SEJA DIFERENTE.

ALEX


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cem mil protestam contra energia nuclear na Alemanha

20/09/2010 - 05h09
Cem mil protestam contra energia nuclear na Alemanha

Por Fernanda B. Müller, da Carbono Brasil

Cerca de cem mil manifestantes contra a energia nuclear tomaram o centro de Berlim no sábado se mostrando insatisfeitos com o anúncio da Chanceller Angela Merkel da extensão da vida útil de usinas ao redor do país.

Os organizadores, grupos ambientalistas apoiados por partidos de oposição, programaram trens especiais e 150 ônibus que trouxeram manifestantes de todas as partes da Alemanha para a capital, segundo a AFP.

A coalizão de centro direita de Merkel declarou na semana passada que decidiu estender a vida de 17 reatores nucleares em uma média de 12 anos, sem consultar a câmara alta do parlamento onde não possui maioria desde maio.

Um dos organizadores da marcha de sábado, o grupo ambientalista BUND, disse que este foi apenas o início das manifestações, com outras marcadas para 6 de outubro em Stuttgart, 9 de outubro em Munique e 6 de novembro, contra a chegada de um carregamento de resíduos nucleares altamente radioativos, na região nórdica de Wendland.

“A demonstração de ontem foi apenas o início de um outono quente”, declarou o presidente da ONG Hubert Weiger.


(Envolverde/Carbono Brasil)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

RIO GRANDE DO SUL DANDO EXEMPLO

http://zerohora.clicrbs.com.br/especial/rs/zhdinheiro/19,0,3004398,Gauchos-rejeitam-instalar-usina-nuclear-no-Estado.html

Energia | 13/08/2010 04h27min

Gaúchos rejeitam instalar usina nuclear no Estado

Estudo do governo federal avaliará possibilidade de construir novas unidades geradoras no país

Marta Sfredo | marta.sfredo@zeohora.com.br

Por motivos diferentes, técnicos, empresários e ambientalistas do Rio Grande do Sul resistem à possibilidade de instalação no Estado de uma usina nuclear, em estudo pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Eletronuclear. Do ponto de vista econômico, o argumento é de que faz mais sentido aproveitar o carvão abundante no Estado, enquanto do ambiental e científico a objeção é relativa ao risco de acidentes e do manejo de resíduos.

Tanto a EPE quanto a Eletronuclear informam que o levantamento de áreas que podem receber usinas nucleares, no Rio Grande do Sul e em outros oito Estados, anunciado ontem em ZH, deve começar dentro de algumas semanas. A justificativa para a avaliação do potencial nuclear é a possibilidade de esgotamento do potencial hidrelétrico. O que ajudou a reabilitar essa alternativa de geração de energia foi o fato de que a geração de gás carbônico, vilão do efeito estufa, é zero.

A Secretaria de Infraestrutura, diz o assessor técnico Wagner Kaehler, não foi consultada sobre o início do estudo. E tampouco se entusiasma:

– É mais caro implantar uma central nuclear do que desenvolver recursos que temos por aqui, como o carvão. Mesmo com o controle, o risco persiste.

Para o coordenador do Grupo Temático de Energia da Fiergs, Carlos Faria, embora possa representar um investimento, uma usina nuclear embute o desafio da administração dos resíduos radioativos e do enriquecimento do urânio. Mesmo tendo jazidas, o Brasil seria obrigado a fazer o enriquecimento no Exterior, sob pena de se transformar em outro Irã – alvo de sanções econômicas causadas pelo programa nuclear.

Brasil tem opções, apontam especialistas

Embora já tenha abrandado sua oposição à aplicação em energia atômica, o físico nuclear Cesar Augusto Zen Vasconcellos, ex-pró-reitor de pesquisa da UFRGS, também prefere outras formas de geração.

– Apesar de as usinas estarem em um estágio de controle muito mais avançado do que no passado, seria melhor esgotar as alternativas. Outros países não têm, mas o Brasil pode desenvolver outras formas de energia. Os riscos diminuíram bastante, mas se ocorre um acidente de grandes proporções, repercute por centenas de anos – pondera o físico.

E nem o argumento da redução do efeito estufa comove Millos Stringuini, consultor ambiental com pós-doutorado em Planejamento e Administração Ambiental, professor da Universidade de Liège, na Bélgica:

– É uma loucura, um absurdo. O Rio Grande do Sul não precisa de usina nuclear. Temos parques eólicos, energia fotovoltaica (solar). Mesmo o tratamento de rejeitos que resulta em material teoricamente sem carga tem problemas. Há pouco, a Noruega processou a Irlanda porque encontrou resíduos no seu bacalhau.

ZERO HORA


============
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo." Tolstoi.
http://esferaradioativa.blogspot.com/
twitter: @guileonardi - http://twitter.com/guileonardi

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

9 º ENCONTRO NACIONAL DE CICLOTURISMO E AVENTURA

9 º ENCONTRO NACIONAL DE CICLOTURISMO E AVENTURA

Cicloturistas, preparem-se para o evento mais importante do ano! Serão quatro dias de imersão no mundo das viagens de bicicleta, com passeios, palestras, cursos e ainda lançamento de produtos e livro.

O Clube de Cicloturismo, que em 2011 vai completar dez anos de fundação, vê com entusiasmo o crescimento da atividade no país. Com cerca de 15 mil cadastrados, de todos os estados do Brasil, a entidade vem mostrando que viajar de bicicleta é uma opção de turismo que alia liberdade, esporte e cuidado com o ambiente. O cicloturista busca ainda, conhecer mais a fundo os locais onde passa, aproveitando o máximo da cultura, gastronomia, natureza e principalmente o contato com as pessoas.

Para o evento são esperadas entre 100 a 150 participantes, de diferentes estados. A faixa etária que costuma comparecer ao Encontro também é bem variada, desde crianças com os pais até cicloturistas na terceira idade.

Além de passeios de bicicleta, os Encontros contam com uma forte programação de palestras e cursos, com cicloturistas experientes em várias áreas. Os temas abordarão desde mecânica de bicicleta, fotografia em viagens, até os depoimentos de viagens incríveis, como a de Rafael Limaverde, que fez a volta na América Latina, durante mais de dois anos. Rafael fará também o lançamento do livro que resultou desta viagem: "Pelos Caminhos de Nuestra América - uma pedalada poética pelos confins do continente".

O evento foi escolhido para a marca AraraUna fazer o lançamento de seu novo produto, o alforje impermeável. Os participantes poderão testar os alforjes e concorrer a um sorteio.

A cada ano o Encontro de Cicloturismo é realizado num local diferente, sempre em regiões que tenham belas paisagens e estradinhas de terra tranqüilas para se pedalar. O local escolhido este ano foi o Parque Náutico Jaguara, que fica a beira de uma das represas de Furnas, na divisa entre Minas e São Paulo.

Já estão inscritos participantes de Goiás, Distrito Federal , Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraná, Rio Grande do Sul, além de Minas Gerais e São Paulo. Conheça cicloturistas de todo o Brasil!

As vagas são limitadas. As inscrições encerram-se dia 01 de outubro e são feitas exclusivamente pela internet.

Evento:

9 º ENCONTRO NACIONAL DE CICLOTURISMO E AVENTURA
Público: Todos os interessados em saber mais sobre bicicleta e viagens
Quando: de 09 a 12 de outubro de 2010
Local: Parque Náutico Jaguara, Sacramento MG (www.parquenauticodejaguara.com.br
)
Informações e incrições: www.clubedecicloturismo.com.br
Atenção: inscrições somente até 01 de outubro

PROGRAMAÇÃO - 4 DIAS:

Sábado - 09/out

8:00 Confirmação das inscrições (feitas somente pela internet até 01/10)
8:30 Encerramento da confirmação e concentração para o passeio
9:30 PEDALADA por estradas de terra (±20km) - dificuldade média, ritmo leve
14:30 Mini Curso "MANUTENÇÃO DA BICICLETA EM VIAGEM" por Fábio Eduardo da Silva
- Professor de Física e Administrador, natural de Bauru interior de SP. Iniciou-se no cicloturismo em 1994. Viajou de Curitiba à Florianópolis pelo litoral, o interior e as serras de SC, Estrada Real, Litoral do ES e RJ, Chapada dos Guimarães, Pantanal, Argentina e Uruguai.
20:00 Palestra "ORIGEM E EVOLUÇÃO DE UM CASAL DE CICLISTAS" por Roberto Cruz e Angela Sibinel
Ângela Sibinel, Administradora e Executiva Publica, casada com Roberto Cruz, Economista e Professor Universitário, praticam o cicloturismo desde 2007 e somam em suas jornadas ciclísticas o Circuito Vale Europeu, Caminho da Fé, Caminho da Luz, Chapada Diamantina, Circuito das Águas e Montanhas Mágicas de Minas Gerais, Serra da Canastra – MG.

Domingo - 10/out

8:30 PEDALADA por estradas de terra (±30km) - dificuldade média-alta, ritmo leve
14:30 Mini Curso "FOTOGRAFIA PARA VIAJANTES" por Walter Magalhães
- Analista de Sistemas e Fotógrafo. Pratica o cicloturismo desde 1991, tendo pedalado mais de 6.000Km em viagens de bicicleta. Viajou pela França, Argentina, Chile, Espanha (incluindo o Caminho de Santiago de Compostela) e Estrada Real. (www.waltermagalhaes.com)
20:00 "AMERICA LATINA - PROJETO BICICLETA PELO MUNDO" por Rafael Limaverde
- Artista Plástico e ilustrador de livros infantis. Paraense de nascença e cearense de coração. Leitor assíduo das poesias escritas nas estradas. Explorador de boas estórias e sorrisos. Colecionador de amigos, alegrias e saudades. Apaixonado pela América Latina, continente de dores e delícias. (www.bicicletapelomundo.com.br)

Segunda - 11/out

8:30 PEDALADA por estradas de terra (±30km) - dificuldade média-alta, ritmo leve
14:30 Palestra "BICICLETA VIROU NEGÓCIO" por Thais de Lima
- há dois anos ciclista por paixão e há um por profissão, agora a bicicleta virou trabalho... e também negócio! Em 2008, Thais de Lima criou a personagem Mulher de Ciclos, por meio da qual conta suas aventuras sobre duas rodas, e em 2010 fundou a LEAD Esporte, Cultura e Mobilidade, empresa dedicada à viabilizar ações e projetos relacionados ao uso da bicicleta, e oferecer estratégias de comunicação e marketing especializadas para o segmento. (www.mulherdeciclos.com)
20:00 Palestra "NOVA ZELÂNDIA: O SONHO DE UMA VIAGEM DE BICICLETA" por Paulo Roberto Cunha
- Mestrando em Ciência Ambiental - USP. Advogado especializado em direito ambiental. Montanhista desde 1996, realizou diversas travessias pelo Brasil e, no Chile, esteve na Cordilheira dos Andes e no Parque Nacional Torres del Paine. Iniciou-se no cicloturismo em 2004, com destaque para as viagens feitas na Serra da Mantiqueira e nas Serras Gaúchas e Catarinenses. Utiliza a bicicleta como meio de transporte em São Paulo. (www.viagensdepaulopom.blogspot.com)

Terça - 12/out

9:00 Palestra "DICAS, MACETES E SEGREDOS PARA UMA BOA VIAGEM DE BICICLETA" por Eliana Garcia e Rodrigo Telles
Eliana Garcia - É Bióloga e educadora ambiental. Iniciou no cicloturismo 1988. Já percorreu mais de 20 mil km em viagens de bicicleta, destacando-se: Expedição Parques del Sur (4200km pelo Chile, Argentina, Uruguai e Sul do Brasil), Expedição Titicaca (Peru e Bolívia) além de inúmeras viagens por mais de quinze estados do Brasil. É fundadora e diretora do Clube de Cicloturismo do Brasil, autora do Manual de Dicas para Cicloturistas de Primeira Viagem.
Rodrigo Telles - É Engenheiro Elétrico e montanhista. Responsável pela criação e manutenção do site do Clube de Cicloturismo. É colunista da Revista Pedal. Realizou diversas viagens de bicicleta desde 1998, destacando-se: Expedição Titicaca (Bolívia e Peru), Sertão Nordestino, Serra da Canastra (MG), Terra Ronca, Chapada dos Veadeiros e Litoral Cearense. É fundador do Clube de Cicloturismo do Brasil e diretor da União dos Ciclistas do Brasil (UCB).
Rodrigo e Eliana dedicam-se desde 2003 a Arara Una Equipamentos para Cicloturismo (www.ararauna.esp.br)
12:00 Encerramento do Evento

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O que acontece com uma usina nuclear após seu fechamento?

O que acontece com uma usina nuclear após seu fechamento?


Ter, 14/Set/2010 00:00 Energia


Visitar o interior de uma usina nuclear inativa permite ir além do alerta contra a radioatividade criada por lobbies, ecologistas e a ciência, e nos coloca de frente para uma pergunta poucas vezes respondida: o que acontece realmente após seu fechamento?








Por Agência EFE
Do reator nuclear restam apenas algumas canalizações e um buraco de grandes dimensões
"Proibido beber, comer, fumar, urinar e defecar na zona controlada", diz o cartaz que dá as boas-vindas ao grupo de visitantes nos vestiários da usina de Chooz A, no noroeste da França.
Chooz A é um dos exemplos pioneiros de usinas que estão sendo totalmente desmontadas na Europa. Atualmente, há 145 reatores nucleares operando no continente e 74 fechados, dos quais 69 estão sendo desmontados, dois estão completamente desmantelados e três no estado que se conhece como fechamento seguro.

"O desmantelamento de uma usina nuclear é uma obra de grande envergadura que põe a toda prova a capacidade tecnológica de um país", disse à Agência Efe Carlos Pérez Estévez, diretor da Vandellòs I (Tarragona), a única usina espanhola que começou a ser desmontada.
"Você está entrando em área controlada"

Todos os trabalhadores se cobrem da cabeça aos pés para se proteger da radioatividade
Após seu fechamento em 1989 por causa de um incêndio - considerado o incidente nuclear mais grave ocorrido na Espanha -, o desmantelamento de Vandellòs I começou em 1990 sem data clara de finalização, já que somente em 2028 serão iniciados os trabalhos finais para desmontar o reator, após 25 anos em estado de latência.
No total, são necessárias mais de quatro décadas de desmantelamento para uma unidade construída em cinco anos.

De volta aos vestiários da Chooz A, vários homens conversam com naturalidade com seus companheiros de trabalho antes de atravessar a barreira que separa a "zona limpa" da restrita, uma cena que seria cotidiana se não fosse por estarem usando cuecas, pantufas de papel e uma valise laranja com o sistema de respiração de emergência.

Os celulares têm que ficar do lado de fora – são estritamente proibidos dentro das instalações –, assim como o resto dos objetos pessoais, inclusive os brincos, se forem grandes, já que "como não se pode cobri-los, se houver algum problema teríamos que fundi-los, mesmo que tenham sido de sua avó", explica o guia.

Do lado de dentro, é preciso se cobrir dos pés à cabeça com uma camiseta, um par de meias soquetes, luvas, um calçado especial similar a uma mistura entre sandálias esportivas e tamancos e um macacão de corpo inteiro. Tudo muito branco, salvo o capacete amarelo-limão.
Apesar de tal desdobramento, Pérez Estévez assegura que, na realidade, "o principal risco que existe em um desmantelamento são os acidentes, já que se trabalha com materiais a alturas consideráveis e se realizam demolições".

Escombros e resíduos radioativos
Uma vez abertas as portas da cabine de despressurização - o interior da central é isolado a vácuo para evitar que a radioatividade saia em caso de escapamento -, o grupo de visitantes caminha por um túnel que penetra nas instalações, separadas da superfície por uma rocha cuja grossura oscila entre 20 e 60 metros.
A primeira sala abriga a profunda piscina na qual se armazenava o combustível, onde vários trabalhadores cortam peças metálicas em pequenos pedaços que depois serão classificados para seu tratamento.

O visitante tenta encontrar sem sucesso provas visíveis da radiatividade, mas não há nenhum rastro. Nem do reator, pois onde antes se encontrava o poderoso núcleo da usina, agora não resta mais que um grande orifício retangular.

Até o momento, em Chooz A foram geradas 985.400 toneladas de escombros, das quais 81% não tinham nenhum tipo de radioatividade, enquanto 19% restante (cerca de 185.400 toneladas) precisaram de um tratamento ou armazenamento especial.
Destas últimas, 300 toneladas correspondem a um nível alto de radioatividade e de "longa duração" (cuja radioatividade perdura por mais de 300 anos), ou seja, precisam de um "depósito geológico profundo" permanente.

O caso de Vandellòs I é diferente. Embora os resíduos de alta radioatividade tenham sido transferidos para a França no início da desconstrução, boa parte dos de nível médio e baixo permanecem na usina em estado de latência, com o que se procura aproveitar a diminuição natural de sua radioatividade.

Mais de US$ 270 milhões serão necessários para realizar a fase final da desmontagem (desmantelamento da gaveta do reator e suas estruturas internas), que se somarão aos cerca de US$ 10 milhões que custou o desmantelamento do Nível 2 e aos quase US$ 4 milhões anuais que serão destinados para manter a latência durante os próximos anos.

Os planos para Chooz A e Vandellòs I preveem a reutilização dos terrenos para uso industrial.
Um responsável da Chooz A destaca a importância da reciclagem dos materiais da usina nuclear, que se submetem a limpezas exaustivas para eliminar o menor rastro de radioatividade e outra contaminação deles, embora acrescente, brincando, que não resta outra coisa "a fazer com eles do que facas e garfos".

Fonte: Agência EFE

sábado, 28 de agosto de 2010

FOTOS HIROSHIMA NUNCA MAIS 2010








VISITA DA DEPUTADA DO GOVERNO ALEMÃO VISITA A SAPE

Postado por RODNEY DIAS às Quarta-feira, Agosto 25, 20100 comentários segunda-feira, 23 de agosto de 2010


DEPUTADA FEDERAL DO PV DA ALEMANHA UTE KOCKZY VISITA ANGRA E DIZ QUE ROTA DE FUGA NÃO EXISTE NO CASO DE UM ACIDENTE NUCLEAR.







Ute Koczy é Deputada Federal no Parlamento Alemão(Câmara Baixa) porta-voz da coalizão partidária alemã.
Interesses políticos fiscalizar matrizes energéticas nucleares em sua fonte, cuidando para que não haja risco de exposição humana na retirada da matéria prima, e nos locais onde existem usinas instaladas.
ASSISTA NA TV COM UMA ENTREVISTA INÉDITA E EXCLUSIVA COM A DEPUTADA DO PV UTE KOCZY.

FONTE: BLOG DO NEY - http://www.tupinamblog.blogspot.com/?zx=57146f0bf3cefd08

HIROSHIMA NUNCA MAIS 2010

Angra 3, e agora ???!!

Lixo radioativo, insegurança nuclear e crescimento desordenado...

Ato-show com bandas locais

Data 26 de agosto de 2010 a partir das 19 hs

Praça do Porto.de Angra dos Reis

Realização:

SAPE
Apoio: ISABI APEDEMA-RJ SEPE-RJ CODIGO


Hiroshima Nunca Mais é um evento pacifista e antinuclear, realizado em Angra dos Reis desde 1981 em agosto, em memória as vítimas das bombas atômicas lançadas nas cidades japonesas no final da Segunda Guerra Mundial em agosto de 1945.

Neste ano estamos enfocando os graves impactos sociais decorrentes da construção da terceira usina nuclear em Angra dos Reis.

O lixo nuclear produzido, permanece sem ter seu destino final definido. A população continua exposta a insegurança gerada pelas usinas nucleares, pois durante as freqüentes interrupções nas rodovias da região não foram tomadas medidas que nos resguardassem numa situação de emergência. Além disso, novamente tivemos uma sirene disparando “acidentalmente” deixando-nos ainda mais inseguros quanto ao risco nuclear.

Finalmente a nova usina esta sendo construída num momento que a cidade enfrenta um grave problema habitacional acentuado pelas chuvas do final do ano e não estão previstos investimentos em novas moradias, infraestrutura, escolas e saúde para atender os milhares de migrantes que são atraídos para sua construção.

Mais uma vez saímos às ruas exigindo das autoridades a solução destes antigos problemas e a INTERRUPÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE ANGRA 3 enquanto houver qualquer risco para a população.


Participe!!!


Realização: SAPE - ISABI/ APEDEMA-RJ

Brasil é o país que mais usa agrotóxicos no mundo

Brasil é o país que mais usa agrotóxicos no mundo

Artigo de Fernando Carneiro, professor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB, e de Vicente Eduardo Soares e Almeida, pesquisador da Embrapa Hortaliças, publicado pela UnB em 29/06/2010.

Soja RR aumentou o uso de herbicidas

O Brasil, um dos países mais desiguais e com uma das maiores concentração de terras do mundo, ganhou o posto de maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Lugar conquistado pelo segundo ano consecutivo, superando os Estados Unidos, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgados recentemente.

Curiosamente, o avanço da tecnologia nesses últimos dez anos não reduziu o consumo de agrotóxicos no Brasil. Pelo contrário, a moderna tecnologia dos transgênicos, por exemplo, estimulou o consumo do produto, especialmente na soja, que teve uma variação negativa em sua área plantada (- 2,55%) e, contraditoriamente, uma variação positiva de 31,27% no consumo de agrotóxicos, entre os anos de 2004 a 2008.

Para os mais céticos é preciso afirmar que o comportamento nas demais culturas produzidas no Brasil também acompanhou a curva ascendente. Assim, levantamentos do IBGE e do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindag), ambos de 2009, apresentam o crescimento de 4,59% da área cultivada no período entre 2004 e 2008. Por outro lado, as quantidades vendidas de agrotóxicos, no mesmo período, subiram aproximadamente 44,6%.

Isso equivale dizer que se vendeu agrotóxicos num ritmo quase 10 vez superior ao crescimento da área plantada no Brasil naquele período. E os números não levam em conta a enorme quantidade de agrotóxico contrabandeado para o país. Se o consumo de agrotóxicos seguir esse ritmo, os brasileiros estarão cada vez mais expostos aos seus males no ambiente, no trabalho dos agricultores e na dieta.

A contaminação de alimentos na mesa do brasileiro é uma realidade, segundo dados do Programa de Análise de Resíduo de Agrotóxico em Alimentos (PARA), da Anvisa. Destaca-se, para os 26 estados brasileiros, os níveis de contágio nas culturas de pimentão (80%), uva (56,4%), pepino (54,8%) e morango (50,8%), acompanhados ainda da couve (44,2%), abacaxi (44,1%), mamão (38,8%) e alface (38,4%), além outras 12 culturas analisadas e registradas com resíduos de agrotóxicos.

O fato é ainda mais preocupante, pois das 819 amostras que apresentaram ingredientes ativos (IAs) não autorizados, 206 amostras (25,1%) apresentaram resíduos que se encontram em processo de reavaliação toxicológica no Brasil. Desse universo, 32 amostras contém ingredientes ativos banidos ou nunca sequer registrados no Brasil, como o heptacloro, clortiofós, dieldrina, mirex, parationa-etílica, monocrotofós e azinfós-metílico.

Com 70 milhões de brasileiros em estado de insegurança alimentar, segundo o IBGE, e com o consumo de apenas 1/3 de frutas, verduras e legumes necessárias a uma alimentação saudável, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a solução para o país passa pela reforma agrária e pela conversão do modelo agroquímico e mercantil para um modelo de base agroecológica, com controle social e participação popular.

O Estado Brasileiro e suas políticas públicas ainda são vacilantes em relação ao o inciso V do artigo 225º da Constituição Federal. O item transcorre sobre o “controle da produção, a comercialização e o emprego de substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente”, como é o caso do uso de agrotóxicos.

As medidas paliativas, como lavagem das hortaliças ou frutas, estão longe de amenizar as verdadeiras causas desse grave quadro de contaminação. Inclusive muitos desses produtos possuem atuação sistêmica, estando em todas as partes da planta.

Com a contaminação ambiental e alimentar, promovida essencialmente pelo uso de agrotóxicos no Brasil, é dever do Estado operar urgentemente políticas públicas efetivas para se fazer cumprir o direito coletivo com uma agricultura responsável e comprometida com o seu povo. E não apenas com os objetivos do lucro fácil e irresponsável em termos socioambientais.

Fonte: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/artigo.php?id=279

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SAUDEMOS AO SOL

SAUDEMOS AO SOL POR UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL

É com grande prazer e sentimento de gratidão que escrevo essa mensagem, avisando que retomamos nossas atividades para o ano de 2010.

Pois bem, o negócio é o seguinte: ano passado passamos uma parte do ano, fazendo toda semana uma prática de hatha yoga. Esse ano estamos com uma proposta parecida, continuemos com o grupo de prática, mas com um propósito diferente das práticas do ano passado.

A proposta é a seguinte:

Toda terça feira, precisamente as 18:30 estaremos fazendo uma cerimônia de agradecimento (Pújá) ao sol (Súrya), cerimônia na qual se chama Saudação ao Sol (Súrya Namaskára), alem de ser uma cerimônia de agradecimento é uma das práticas mais usadas pelos yogis de todas as linhagens e escolas.



Um pouco mais sobre o Surya Namaskara

Surya Namaskara é uma técnica consagrada, que ocupa lugar especial no repertório do Yoga. Sua facilidade de adaptação e suas múltiplas aplicações fazem dela um dos melhores instrumentos para assegurar uma vida sadia, vigorosa e ativa. Em paralelo, prepara também para o despertar do espírito e o alargamento da consciência. Nos últimos anos muitas pessoas tem abandonado métodos puramente rituais, passando a adotar o Yoga como meio de exploração e melhoramento de sua vida interior. É sabido que para se obter a verdadeira evolução no plano físico, é necessário o emprego de técnicas apropriadas. Contudo, o trepidante ritmo da vida moderna toma mais difícil, mesmo para aquelas pessoas mais determinadas, a prática constante do Yoga. A prática é todavia a questão crucial no que concerne a nossa transformação. O que nos propomos é a apresentar o Surya Namaskara como um sadhana quase completa, a qual integra em sua estrutura os benefícios dos ásanas, do pranayama e das técnicas de meditação.

A vida moderna acentua muito as tensões mentais e as preocupações. De mais a mais notamos que o progresso tecnológico e a automação provocam grande aumento do trabalho sedentário ou semi-sedentário, o que favorece o desenvolvimento de enfermidades físicas e mentais. Na verdade há muito pouca esperança caso não descubramos os remédios adequados.

As práticas do Yoga têm mostrado ser um destes remédios, como antídoto ideal para o stress. Provaram ainda grande eficiência como terapia para distúrbios físicos e mentais. O Surya Namaskara faz parte do conjunto de práticas yogues. Pode se integrar facilmente a nossa rotina diária, de vez que sua pratica não toma mais do que quinze minutos por dia para que sejam obtidos resultados rápidos e benéficos. Se adequa perfeitamente aos indivíduos mais ativos, aos homens de negócios sobrecarregados, às mulheres com obrigações de família, aos estudantes que se preparam param difíceis exames, ou ainda à pessoas de saber que precisam consagrar boa parte de seu tempo livre à reflexão.

Logo que começamos a estudar e executar estes ásanas em associação com o pranayama, a consciência dos chakras e a repetição dos mantras, constatamos que poucos exercícios são tão completos quanto o Surya Namaskara.

Uma vez que durante a prática, o corpo se alonga para a frente e para trás, distende-se, massageia, amolece e estimula a musculatura, bem como os órgãos vitais e as diferentes partes do corpo, podemos comprovar que o Surya Namaskara é muito mais do que uma simples série de exercícios físicos, possuindo a profundidade e a integralidade de uma pratica espiritual.

O Surya Namaskara nos foi transmitida pelos sábios da época védica. Surya significa sol e Namaskara, saudação. Potente símbolo da consciência espiritual, o astro-rei era naquela época objeto de culto quotidiano. Render-lhe graças representava um rito recorrente nas vidas social e religiosa. O objetivo era então de aplacar as forças da natureza que escapavam ao controle humano.Tais rituais foram estabelecidos por seres iluminados que compreendiam seus aspectos benéficos, fossem eles no campo da saúde ou melhoria da criatividade ou ainda da qualidade do convívio social. O Surya Namaskara se compõe de três elementos: a forma, a energia e o ritmo. Suas doze posturas formam a matriz física que permitirá elaborar o arcabouço da prática. Os ásanas ensejam a aquisição de prana, força sutil que anima o corpo físico. Seu encadeamento em uma sequência regular reflete todos os ciclos do Universo, tais como as doze horas do dia, as doze fases do zodíaco ou ainda os bioritmos de nossos próprios corpos.

A superposição rítmica desta forma e desta energia sobre nossa estrutura corpo/mente gera grande poder de transformação e cria os germes para uma vida ativa e completa.Tornando-nos então mais capazes de apreciar melhor as boas coisas do mundo em que vivemos.

A Tradição Solar

A origem do Surya Namaskara remonta ao início da historia da humanidade, quando o homem percebeu a existência de um poder superior que se refleria sobre seu interior. Esta tomada de consciência é também o fundamento do yoga. Surya Namaskara pode ser considerado como uma arma de culto, um modo de render graças a tudo aquilo que o Sol representa, nos níveis macrocosmico e microcosmico.

Em termos yogues, tal prática serve para despertar os aspectos solares da natureza humana, a fim de liberar a energia vital para investir no desenvolvimento de uma consciência superior. A prática continuada do Surya Namaskara, todas as manhãs, permite que tal processo seja concretizado. É também uma boa maneira de render homenagem à fonte da vida e da criação, perpetuando assim a tradição solar.

Conselhos e Indicações

Na técnica da saudação ao sol precisamos guardar alguns pontos chave para uma prática bem sucedida.

O mais importante é evitar as tensões. Cada movimento será efetuado com o mínimo de esforço, só solicitando os músculos necessários para efetuar e manter a postura. O resto do corpo deve ficar o mais relaxado possível.

Relaxe em cada posição. Desta maneira, seu alongamento será mais eficiente e agradável e você manterá sua energia. Conecte levemente seus movimentos como numa dança.

Lembre-se que o pescoço é parte integrante da coluna vertebral, e que ele deve se movimentar também para frente e para trás no limite do seu conforto.

Quando e Onde Praticar

Ao nascer do sol é o momento mais propício para a prática do Surya Namaskara. É o nomento mais tranquilo do dia, é quando a atmosfera está saturada de raios ultravioletas de importância vital para nosso corpo. Habitue-se a levantar cedo, integrando-se com a chamada da natureza. Se possível faça sua prática ao ar livre, vista-se de maneira leve e confortável para que sua pele possa respirar e absorver a energia solar. Pratique de frente para o nascer do sol, se não for possível, qualquer outro momento do dia será válido, de estômago vazio (não coma 3 a 4 horas antes da prática). À noite antes do jantar é também um momento favorável, porque estimula o calor estomacal.

Ultrapassar a Rigidez do Corpo

A rigidez do corpo está ligada a três fatores principais: músculos tensos e volumosos, retração dos tendões e dos ligamentos e depósito de toxinas nas articulações. Uma prática regular permite a liberação dessas dificuldades. Os praticantes de musculação não devem se preocupar, Yoga não faz perder força ou massa muscular (muito pelo contrário). A saudação ao sol traz flexibilidade e resistência e favorece uma melhor utilização dos músculos. A prática do Yoga favorece a boa sincronização dos diferentes grupos musculares, mas também desenvolve a coordenação na parte interna da estrutura do músculo, aumentando consideravelmente a fôrça global.

Limitação

Não tem limite de idade para a prática da saudação ao sol. É necessário prudência em caso de pressão alta. Desenvolvendo a sensibilidade corporal podemos utilizar esta prática para aumentar de maneira significativa o nosso nível de consciência e melhorar nosso estado de saúde integral e nosso bem estar.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

OFICINA DE CONSTRUÇÃO COM TERRA

SAUDAÇÕES IRMÃOS

VENHO DIVULGAR AQUI AS OFICINAS QUE ESTÃO ACONTECENDO NO IPEMA (INSTITUTO DE PERMACULTURA DA MATA ATLANTICA).

PARA QUEM ESTA AFIM DE MODIFICAR SEU MODO DE VIDA A FAVOR DE UM LUGAR MELHOR PARA SE VIVER É A BOA...

INSCRIÇÕES ABERTAS! OFICINA DE CONSTRUÇÃO COM TERRA, ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAL.

Vagas limitadas! Inscreva-se já!
Data: 20 a 21 de Fevereiro/2010
Local: IPEMA - Ubatuba
  • Objetivo: Capacitar os participantes em técnicas de bio-construção utilizando a terra como matéria-prima, destacando diversos tipos de vedações de forma teórica e prática.
  • Programação*:
- Apresentação do Eco-Projeto
- Introdução a Permacultura e Princípios Ecológicos
- Visita Monitorada pelo Instituto
- Paredes Naturais e aproveitamento de recursos naturais como o vento e o sol.
- Prática: Experimentação de técnicas variadas de vedações utilizando a terra.
  • Palestrantes:
-Equipe IPEMA (A postar).
*sujeito a alterações.
  • Investimento: Oficina Gratuita! Incluindo aula teórica e prática, alimentação, apostila digital, certificado de participação e alojamento em área de camping.
  • Como se inscrever: As inscrições deverão ser requisitadas através de envio da ficha de inscrição abaixo, devidamente preenchida, para o e-mail: permacultura.ipema@gmail.com . As inscrições serão efetivadas através de e-mail resposta confirmando, ou não a vaga requerida. Moradores do Litoral Norte terão vagas preferenciais nas datas abaixo:

Data de Inscrição: de 04 de Fevereiro a 17 de Fevereiro/2010.

(Para os residentes no Litoral Norte: Vagas Preferenciais até o dia 12/02).

Oficina de Construção com Terra - De 20 a 21/02/10

A INSCRIÇÃO É FEITA ATRAVÉS DO SITE:

GRANDE ABRAÇO E BOM PROVEITO PARA QUEM CONSEGUIR FAZER A OFICINA


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A HISTÓRIA DAS COISAS...

Saudações irmãos...

Navegando pelos blogs da vida, me deparei com esse vídeo abaixo... usando o recurso copiar e colar, venho espalhar aqui essa mensagem, continuando nessa linha de pensamento sistêmico e consumo consciente. Esse vídeo mostra um pouco de como as coisas acontecem no sistema em que vivemos atualmente e como os bens de consumo chegam a nós. O vídeo dura cerca de 20min.

depois de assisti-lo pense um pouco no que vale apena comprar, nas "necessidades" que tem e analise se não esta comprando em função do movimento de consumo que é posto para nós...


É isso, grande abraço e boas reflexões


Sinopse:

O que é a História das Coisas? … Desde a sua extração até à venda, uso e disposição, todas as coisas que compramos e usamos na nossa vida afetam as sociedade no nosso país em outros países, mas a maioria disto é propositadamente escondido dos nossos olhos pelas empresas e políticos. A História das Coisas é um documentário de 20 minutos, rápido e repleto de fatos, que olha para o interior dos padrões do nosso sistema de extração, produção, consumo e lixo. A História das Coisas expõe as conexões entre um enorme número de importantes questões ambientais e sociais, demonstrando que estamos destruindo o mundo e auto destruindo-nos, e assim apela a criarmos um mundo mais sustentável e justo para todos e para o planeta Terra. Este documentário vai nos ensinar algo, e acabará por mudar para sempre a maneira como olhamos para todas as coisas que existem na nossa vida e que CONSUMIMOS.